Primeira planta será de 150 mil m², em Januária; parceria entre EDP e Banco do Brasil vai construir usina para abastecer agências
O Banco do Brasil (BB) vai utilizar energia solar em agências mineiras. Nessa quarta-feira (3), a instituição e a empresa do setor energético EDP assinaram um contrato de cerca de R$ 45 milhões. Para isso, será construída uma usina em Januária, na região Norte do Estado, numa área de 150 mil m². A operação está prevista para o ano que vem e vai abastecer 58 agências bancárias em Minas Gerais.
O diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do BB, Nilson Martiniano Moreira, explica que a construção e a gestão da usina são responsabilidade da EDP. “O Banco do Brasil é locatário”, diz.
Na modalidade de locação, o banco arcará com o custo de R$ 2,9 milhões por ano, evitando despesa de R$ 6,5 milhões/ano, que seriam pagos diretamente à distribuidora de energia.
A usina do BB contará com 15 mil painéis fotovoltaicos que totalizarão a capacidade instalada de 5 MWp (megawatts-pico). São 11 GWh/ano, o que corresponde ao abastecimento de 4.500 residências, com consumo médio de 2.400 kWh/ano. Segundo estimativa do banco, levando em consideração o consumo anual proveniente de energia limpa, a região deixará de emitir mais de mil toneladas de CO2, o equivalente ao plantio de mais de 7.000 árvores.
A escolha de Minas Gerais se deve ao volume de agências. “O Banco do Brasil tem uma rede extensa, temos muitas agências, e apenas uma concessionária, que é a Cemig”, diz Moreira. Além disso, segundo o banco, a lei em Minas Gerais isenta o ICMS na compensação de energia, elevando o retorno financeiro com a utilização da geração distribuída.
De acordo com o diretor, nos próximos anos, a expectativa do BB é construir outras duas usinas em Minas Gerais, com previsão de licitação no primeiro semestre de 2019, além da expansão do modelo para os Estados de Goiás, Distrito Federal, Pará, Maranhão e Bahia.
De acordo com o Banco do Brasil, a energia obtida com a usina mineira possibilitará à instituição uma economia de R$ 82 milhões na conta de luz em um período de 15 anos, que é a de duração do contrato com a EDP. “Quando fizemos a licitação, a expectativa era redução de 25% na conta atual. A média deve ser de 40%”, diz. Ele lembra que o mercado cativo de energia sofre alteração nos valores dependendo da bandeira; por causa disso, a economia pode superar 50% nas unidades abastecidas.
Fonte: O Tempo
Foto: Bernardo Mascarenhas/divulgação.